País do mundo com a maior quantidade de casos comprovados de infecções pelo novo Coronavírus (ainda que os números oficiais de outros países sejam contestáveis), os EUA têm empregado esforços de guerra para combater o agente mortífero invisível. O país contou com ajuda da Rússia.
A Rússia enviou na quarta-feira (1) equipamentos médicos aos Estados Unidos para ajudar a combater a pandemia de coronavírus.
Segundo a Reuters, tratou-se de um golpe de relações públicas do presidente russo Vladimir Putin depois de discutir a crise com o presidente dos EUA, Donald Trump, que luta para suprir a falta de ventiladores e equipamentos de proteção individual.
Após os EUA aceitarem a oferta, um avião de transporte militar russo deixou um aeródromo nos arredores de Moscou e chegou ao aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque, no final da tarde de quarta-feira.
“Trump aceitou com gratidão essa ajuda humanitária”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo a agência de notícias Interfax na terça-feira. O Departamento de Estado Americano, por sua vez, fala em uma compra de suprimentos médicos necessários, incluindo ventiladores e equipamentos de proteção individual da Rússia.
Controlador de tráfego Aéreo brincalhão
Como o voo foi um marco na relação entre os dois países, havia muita gente acompanhando por todos os ângulos. Entusiastas de aviação testemunharam a chegada do grande jato Antonov AN-124, um avião da era soviética que voou pela primeira vez em 1982 e, por muito tempo, foi considerado o maior avião de carga do mundo. Ele é construído onde hoje está localizada a Ucrânia.
A conversa do controlador de tráfego aéreo com os pilotos envolveu a seguinte frase: “Romeo Foxtrot Foxtrot oito quatro meia zero, nós sinceramente agradecemos vocês por todo o apoio que estão trazendo”.
Após a aterrissagem, a aeronave foi levada a uma área de cargas do aeroporto JFK, em Nova Iorque, onde se realizou o processo de descarregamento. Também registrado por vários ângulos, o processo na chegada deixa clara sua grandeza e capacidade de carga.
O vídeo abaixo dá a dimensão da aeronave e da quantidade de equipamentos transportados para a capital financeira dos Estados Unidos, que vem largamente sofrendo com o impacto da epidemia da covid-19.
“Somos um contribuidor generoso e confiável para a resposta a crises e ações humanitárias em todo o mundo, mas não podemos fazê-lo sozinhos”, disse Morgan Ortagus, porta-voz do Departamento de Estado Americano.
“Ambos os países prestaram assistência humanitária um ao outro em tempos de crise no passado e, sem dúvida, farão isso novamente no futuro”, acrescentou. “Este é um momento para trabalharmos juntos para superar um inimigo comum que ameaça a vida de todos nós.”
