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Ryanair e EasyJet param mais de 400 aviões a partir de hoje e sem prazo para voltar

Em mais um movimento sem precedentes resultantes da crise mundial causada pela pandemia do Coronavírus, as duas maiores empresas aéreas low-cost da Europa – Ryanair e easyJet – iniciam hoje um processo de estancamento dos seus negócios, que pode chegar a 90%.

Ambas as empresas aéreas emitiram notas oficiais nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 24 de março, confirmando a decisão tomada na semana passada, que visa parar entre 80% e 90% de todos os voos na data de hoje e por um período indeterminado.

Os cancelamentos estão diretamente associados aos esforços dos governos europeus de restringir cada vez mais a circulação de pessoas, com objetivo de conter a disseminação da Covid-19, que tem potencial de lotar os hospitais e levar os sistemas de saúde ao caos.

As frotas das companhias, somadas, chegam a 459 aviões, mas 90% deles estará no chão pelas próximas semanas e meses.

Voos ainda poderão ser vistos

Embora a grande maioria dos voos estejam suspensos, ambas as empresas mantêm uma pequena quantidade de ligações-chave entre cidades europeias, conforme acordo firmado com os governos da UE. Além disso, ambas deixaram suas frotas à disposição dos governos para voos de repatriação.

As low-costs dizem estar atentas nesse momento de incerteza e revendo os cronogramas de voos semanalmente para garantir que ele corresponda à demanda atual. Aos passageiros com bilhetes comprados, remarcações estão disponíveis sem custo

Incerteza quanto ao retorno

O CEO da Ryanair, Michal O’Leary, disse no comunicado que “neste momento, ninguém sabe quanto tempo essa parada geral devido à Covid-19 vai durar. A experiência da China sugere um período de 3 meses até que o surto seja contido e reduzido e nós não esperamos voar em Abril e Maio. Mas tudo depende dos conselhos de instruções dos governos e estaremos atentos a isso.

Carta da Ryanair aos clientes

Johan Lundgren, CEO da easyJet, por sua vez, disse: “Estes são tempos sem precedentes para o setor aéreo. Sabemos o quanto é importante para os clientes chegarem em casa e, portanto, continuamos a operar voos de resgate nos próximos dias para repatriá-los. Reduzir significativamente nosso programa de voos é a coisa certa a fazer quando muitos países emitem conselhos a seus cidadãos para não viajarem, a menos que seja essencial e o aterramento das aeronaves remove custos variáveis significativos”.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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