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Trazemos hoje a você leitor do AEROIN uma curiosidade sobre uma diferente operação feita com dois aviões comerciais: sabia que Boeings foram especialmente modificadas para pousar sobre um enorme bloco de gelo?
O fato ocorreu no segundo semestre de 2019, quando a companhia aérea de fretamentos Titan Airways, baseada no Reino Unido, foi contratada para a gélida missão especial.
A Titan, por sinal, já é conhecida dos leitores mais frequentes aqui do AEROIN por suas operações diferenciadas, incluindo, por exemplo, as duas raras passagens de seu Airbus A318 e de seu Boeing 757 pela Ilha de Santa Helena, no meio do Oceano Atlântico, conhecida pelos desafiadores ventos que tornam perigosas operações de jatos comerciais.
No caso da missão gelada, no entanto, o desafio era outro. Contratada para chegar até a estação russa de pesquisa Novolazarevskaya, na Antártida, a companhia precisou alterar seus Boeings 757 e 767 para garantir a segurança do pouso no extremo sul do mundo.
Segundo a Titan Airways, a frota foi equipada com pernas de trem de pouso estendidas, que foram modificadas para ajudar a absorver o choque do pouso no gelo, pois a base de pesquisa está localizada no topo de uma geleira que tem cerca de 500 metros de espessura.
A pista é classificada como ‘Blue Ice’ e é construída puramente cortando sulcos no gelo para fornecer o atrito para a aeronave pousar. Ela tem 3.000 metros de comprimento, 60 metros de largura e seus limites são definidos por marcadores pretos.
Entre novembro de 2019 e fevereiro de 2020, a Titan operou uma sequência de seis voos entre a Cidade do Cabo, na África do Sul, e a estação de pesquisa, em nome do Centro Internacional de Logística Antártica.
Veja a seguir dois vídeos que mostram as operações do Boeing 767 e do Boeing 757 na diferente missão:
A seguir, você também pode clicar nos títulos para rever como foram as operações especiais da Titan na ilha de Santa Helena, incluindo o vídeo de pouso visto de dentro do Boeing 757.
