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A Boeing voltou a suspender nesta semana as entregas de novos aviões 787 Dreamliner, pouco mais de um mês após ter retomado o processo, que antes havia ficado suspenso por cerca de 5 meses.
A mais recente falha que era avaliada nos primeiros meses deste ano, antes da volta das entregas, dizia respeito a inspeções visuais repetitivas na parte dianteira e traseira da aeronave, na busca por painéis de descompressão soltos ou danificados.
A FAA dizia ter recebido relatos de vários casos de painéis de descompressão rasgados. Esta condição, se não for tratada, pode afetar a segurança do voo. Painéis de descompressão separam o compartimento de passageiros do compartimento de carga em uma aeronave.
Depois disso, o modelo 787 voltou a ser entregue em 26 de março, com um exemplar para a companhia United Airlines, e tudo parecia estar voltando à normalidade para a Boeing, tanto para a linha do 737 MAX quanto para a do 787.
Então, paralelamente à retomada de entregas, ainda em março um novo problema foi informado, que dizia respeito ao para-brisa da aeronave, cujas janelas não estariam atendendo ao padrão de qualidade da Boeing após o fornecedor desta parte mudar os seus processos fabris. O nome do fornecedor não foi revelado e nem os possíveis problemas que poderiam aparecer como resultado desse novo processo de fabricação.
Diante de todo o histórico de problemas, neste mês de maio o Congresso americano passou a solicitar mais documentos da fabricante de aviões, com objetivo de avaliar melhor o processo de qualidade da produção do MAX e do Dreamliner.
E agora, tal decisão do Congresso resultou em mais uma pausa na entrega do 787, reportada hoje pelo The Wall Street Journal a partir de fontes próximas ao assunto. A agência Reuters contatou a Boeing sobre a situação, e a fabricante afirmou que está “trabalhando para fornecer à FAA informações adicionais sobre a análise e a documentação associada ao trabalho de verificação em 787s não entregues”.
Enquanto isso, a agência de notícias também conversou com pessoas próximas ao assunto, que afirmaram que, de fato, há um atraso nas entregas de curto prazo.
A paralisação envolve apenas os aviões a serem entregues, sem impacto às operações dos Dreamliners já em operação nas companhias aéreas.
