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Tamanho do Embraer E195-E2 favorecerá a KLM, afirma CEO

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EXCLUSIVO – Em entrevista ao AEROIN, o CEO da KLM Cityhopper apontou as vantagens do novo Embraer E195-E2 e como isso será vital para a empresa.

Divulgação – KLM / Embraer

O bate-papo com o CEO da subsidiária regional da empresa aérea mais antiga do mundo aconteceu na tarde de ontem, enquanto o voo de entrega do primeiro E195-E2 acontecia, entre São José dos Campos e Amsterdã, com parada no Recife e nas Ilhas Canárias.

Warner Rootliep nos contou como a empresa planeja utilizar a aeronave, já na próxima semana, em voos comerciais, e como o jato será essencial para a retomada da demanda e também no futuro.

Serão, ao todo, 25 jatos E195-E2 até 2024, todos configurados para 132 assentos em três classes: Executiva, Econômica Premium e Econômica.

Na Executiva vão os novíssimos assentos Recaro, mais confortáveis e que reclinam mais, marcando a estreia da fabricante de assentos na aviação regional. Já na Econômica Premium, os passageiros verão o mesmo assento da Econômica regular, mas com uma distância maior entre as pernas. As duas primeiras fileiras, onde fica a Executiva, com 8 assentos, serão separadas da Econômica por uma cortina, mas todo o avião terá a configuração 2-2 (dois assentos de cada lado do corredor).

Economia e Espaço

A aeronave ajudará a KLM a estar mais próxima de suas metas de sustentabilidade. No E2, o ruído é reduzido em 60% e as emissões de CO2 em 30%. “O nosso custo por viagem será 19% menor, mesmo sendo um avião maior”, afirma o CEO.

Divulgação – KLM / Embraer

Como falamos ontem aqui, os planos são para que o E195-E2 substitua o E190-E1 no futuro; o modelo da geração anterior é menor e leva 32 passageiros a menos. Apesar da não substituição imediata, a KLM escolheu a variante, que é 5 metros maior, por um motivo: o Aeroporto de Schiphol, em Amsterdã.

Todas as aeronaves serão baseadas no aeroporto, que sofre há muitos anos com a limitação de espaço (era bem comum ver os Embraer da KLM alinhados na remota do Terminal B), então, ter um avião maior permite levar mais passageiros sem aumentar o número de voos, no que é um outro ponto relacionado com a estratégia de sustentabilidade.

Início das operações e futuras compras

Com o primeiro jato chegando nos Países Baixos, a empresa já tem uma data para o primeiro voo, que não ocorrerá de imediato só por causa de uma pequena diferença entre o E1 e o E2.

“As portas do novo avião são diferentes do E1, então será necessário um treinamento de comissários para a sua abertura nos quatro dias após a chegada. O primeiro voo será no dia 1º de março, para Varsóvia, na Polônia”, afirma Warner.

Divulgação – KLM / Embraer

Por enquanto, a empresa não pretende abrir novas rotas (em novos mercados) mesmo com os diferenciais do jato. Segundo o CEO: “Vamos esperar um tempo, queremos conhecer a aeronave e ver como ela se comporta nas rotas atuais, então nesse ano não vamos abrir rotas novas com o E2”.

Quando perguntado sobre a possibilidade de novas encomendas, por causa da pandemia, a resposta é ‘não’: “Estamos bem até 2024 para receber os 25 jatos, então, por agora, não vamos fazer novos pedidos.”

“Apesar da saída do E190-E1, o E175-E1 continuará na frota sem previsão de saída. Recebemos ele recentemente (idade média da frota é de 4 anos) e está muito bem”, conclui o CEO.

Warner Rootliep, CEO da KLM Cityhopper

Agradecemos à equipe da KLM pela entrevista, e desejamos sucesso às futuras operações com o novo jato brasileiro.

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