Tanques de guerra usados na remoção do avião Antonov 124 acidentado na Rússia

Duas semanas após o acidente na Rússia no qual o gigante Antonov AN-124 da Volga-Dnepr passou reto ao final da pista em função de uma grave falha de motor, finalmente foram iniciados na última sexta-feira, 27 de novembro, os trabalhos de remoção da aeronave.

Imagem: Volga-Dnepr

Além do próprio tamanho e peso do avião projetado na época de União Soviética, nos dias subsequentes ao acidente a aeronave ainda estava sob influência de condições climáticas adversas, com muito frio e gelo, que dificultavam a remoção.

Agora, diante da melhora na situação, e após estudos sobre a melhor forma de lidar com o jato acidentado, imagens e informações do portal russo NGS mostram que o mesmo passou a ser suspenso do solo através de equipamentos próprios para tal trabalho, o chamado “Recovery Kit”, e tanques de guerra foram levado até o local para rebocar o Antonov.

Imagem: Volga-Dnepr

Imagem: Volga-Dnepr

Em trabalhos de Recovery como este, a aeronave é levantada através de dispositivos infláveis inseridos abaixo dela, para que na sequência plataformas móveis que permitem a movimentação sejam posicionadas abaixo da fuselagem, caso os trens de pouso estejam danificados demais para o movimento próprio.

Segundo o portal russo, os tanques utilizados são do modelo BREM-1, um Veículo Blindado de Recuperação (ARV) pesado desenvolvido pela antiga União Soviética baseado no chassi do tanque T-72 e destinado a recuperar e reparar os tanques de batalha principais.

Segundo Marina Isaykina, secretária de imprensa da Volga-Dnepr Airlines, o AN-124 seria puxado da superfície instável para um pátio estacionamento para a realização de trabalhos de reparo. Ou seja, apesar de todos os danos sofridos com a falha de motor, a empresa aérea irá recuperar o grande cargueiro.

Caso você não tenha acompanhado em detalhes tudo que aconteceu ao longo dos últimos 15 dias em relação ao grave acidente, pode acessar mais informações nas matérias abaixo.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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