‘Tela Azul’ em computador de bordo faz avião com 160 pessoas abortar a decolagem

computador
Foto de Raffindiair [CC 4.0]

Uma aeronave modelo Airbus A320-200 da empresa austríaca Laudamotion com 160 passageiros, estava acelerando para a decolagem quando a tripulação decidiu abortar o procedimento, ainda em baixa velocidade, devido a um defeito com o computador da aeronave.

O voo OE2169 deveria ter decolado no sábado, 2 de novembro de 2019, da linda cidade de Fuerteventura, nas Ilhas Canárias (território espanhol) com destino à Viena, capital da Áustria. Mas o imprevisto impossibilitou o regresso da aeronave e dos passageiros, que acabaram resgatados por um Boeing 737-800 da Ryanair no dia seguinte.

Até o fechamento dessa matéria, ou seja, dois dias e meio após o incidente, a aeronave permanecia no solo das Canárias, recebendo manutenção.

O que os passageiros relatam?

Segundo o Avherald, um passageiro relatou que não havia nada errado durante o procedimento de decolagem, aparentemente, até que os freios foram acionados ainda a uma velocidade relativamente baixa. Nenhum som, cheiro ou efeito físico incomum pode ser notado. Depois que a aeronave retornou ao pátio, um técnico entrou imediatamente a bordo e foi direto para o cockpit.

Imagem do FR24 mostra o trajeto da aeronave no aeroporto da Ilha

Logo depois, um ruído foi ouvido abaixo da cabine, provavelmente porque o pessoal da manutenção provocou algo mecânico, que foi seguido por um odor a bordo.

Como todas as tentativas de recolocar o avião em serviço não tiveram sucesso, a tripulação anunciou que o voo seria adiado e os passageiros desembarcaram. Curiosamente, no dia seguinte, um Boeing 737 da Ryanair foi enviado de Palma de Mallorca para realizar o resgate dos turistas.

O que disse a empresa sobre o computador?

A companhia aérea informou que os computadores a bordo mostraram uma mensagem de erro (“warning message”) quando a aeronave ainda estava em baixa velocidade, levando a tripulação a rejeitar a decolagem como
precaução. Os pilotos entenderam que havia uma incerteza sobre o comportamento da aeronave, caso eles prosseguissem com a decolagem. Obviamente, o termo “tela azul” foi usado apenas como uma referência a uma mensagem de erro.

Até a noite desta segunda-feira, 4, os técnicos ainda estavam trabalhando para resolver o problema.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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