A maior companhia aérea da Israel, a El Al, disse nesta segunda-feira (06) que o Tesouro do país rejeitou o pedido da empresa de um empréstimo estatal de US$ 350 milhões para enfrentar a pandemia de coronavírus.
A empresa está enfrentando uma ruína financeira, já que o surto da doença e as medidas de contenção do governo fecharam amplamente as viagens internacionais e interromperam quase completamente as viagens a Israel.
Segundo informa a mídia israelense, a El Al afirmou em comunicado à Bolsa de Valores de Tel Aviv que representantes do Ministério das Finanças definiram que, por enquanto, a equipe de profissionais do Tesouro não está aprovando o pacote de ajuda solicitado.
“A equipe disse que está sob a autoridade do escalão político a tomada de uma decisão diferente e, em resposta, a empresa recorreu ao governo de Israel para obter assistência”, afirmou o comunicado. “O apoio do Estado no curto prazo é essencial para permitir que a empresa lide com as consequências da crise do coronavírus”.
Funcionários do Ministério das Finanças teriam dito, em uma reunião de domingo entre El Al, Ministério das Finanças e executivos de bancos, que não acreditavam que a companhia será capaz de pagar os empréstimos solicitados.
As autoridades acreditam que as suposições da empresa sobre seu retorno às receitas rotineiras e futuras não são realistas. O Ministério das Finanças espera que a indústria da aviação como um todo tenha uma recuperação muito mais tardia do que a previsão da El Al.
No final do mês passado, a El Al suspendeu todos os voos comerciais, e disse que continuaria a operar apenas voos para repatriar cidadãos israelenses presos no exterior, em coordenação com o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Defesa, além de voos de carga.
A El Al também disse que colocará outros funcionários em licença não remunerada, além dos 5.500 trabalhadores que já colocou desde o surto do coronavírus.