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Três jatos Embraer Lineage 1000 serão empregados na guerra antissubmarino

No âmbito do programa Sea Sultan, a Marinha do Paquistão busca converter até 10 Embraer Lineage 1000 em aeronaves de patrulha naval (MPA) e de guerra anti-submarino (ASW), para substituir sua frota de 6 Orions P-3A nos próximos anos. Segundo informações oficiais, foi concedido o contrato à italiana Leonardo para a conversão de três primeiras unidades do Embraer Lineage 1000 para MPA / ASW. 

Como explica o Aviacionline, o contrato inclui inicialmente a aquisição de aeronaves Embraer Lineage 1000 de fornecedores internacionais e o projeto, modificação, instalação, integração e comissionamento das três aeronaves em sua nova função. Um dos aviões já está no Paquistão.

O contrato de manutenção, reparo e revisão (MRO) para as aeronaves, antes da modificação, foi concedido ao Grupo Paramount da África do Sul. O acordo pode incluir opções para fazer as mesmas modificações em sete outras aeronaves que a Marinha do Paquistão pretende comprar no futuro.

A notícia havia sido noticiada pela Aviacionline em outubro do ano passado, quando o chefe naval, almirante Zafar Mahmood Abbasi, informou que a Marinha substituiria sua frota P-3C Orion por 10 aviões comerciais convertidos, o primeiro dos quais já havia sido encomendado. Porém, na época, ele não identificou o tipo de aeronave.

Sea Sultan

A primeira etapa do projeto foi a publicação de uma licitação para um avião bimotor a jato com peso máximo de decolagem (MTOW) de 54.500 a 63.500 quilos e autonomia de mais de 4.000 milhas náuticas (6.437 km).

A Marinha do Paquistão também acrescentou que os ‘principais componentes’ da aeronave, como motores, sistema de controle de voo, trem de pouso e outras peças críticas, devem estar livres da cobertura ITAR (Regulamento de Tráfego) de Armas internacionais dos EUA.

Para a segunda etapa, a Marinha modelaria a instrumentação a bordo do novo Sea Sultan conforme a do RAS-72 Sea Eagle. O RAS-72 é uma aeronave de patrulha marítima (MPA) baseada no ATR-72. A Leonardo foi a empresa escolhida para realizar as modificações e, com certeza, para integrar seus próprios equipamentos de sensor, comando e controle e comunicações.

A empresa italiana também oferece uma versão de patrulha marítima derivada do ATR-72-600, o ATR-72MP (da Patrulha Marítima), então parece que a oferta de Leonardo acabou prevalecendo.

Será muito interessante se, desse programa, surgir uma família que possa ser colocada no mercado de aeronaves de missão especial, como um modelo intermediário entre os Boeing P-8 e E-7 e os derivados do ATR-72 e C295 Persuader. A Embraer sairia ganhando nesse negócio.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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