Um juiz federal do estado do Colorado, nos Estados Unidos, deu parecer favorável ao prosseguimento de uma ação coletiva contra a companhia aérea Frontier Airlines, que agora terá que responder por discriminação contra mulheres grávidas e lactantes. No processo, funcionárias da empresa alegam que mulheres próximas ao parto ou em período de amamentação tiveram até que se afastar do trabalho sem qualquer remuneração ou garantia de retorno.
De acordo com informações da Colorado Public Radio, a ação foi iniciada em 2019 em nome da piloto Randi Freyer e da comissária de bordo Stacy Rewitzer. Segundo elas, pilotos e comissárias grávidas foram forçadas a tirar licença sem renumeração, uma vez que estavam muito perto de suas datas limite para voar com segurança. Nos Estados Unidos, não há regulamentação nacional sobre licença maternidade.
Elas também alegam que a Frontier costuma encaminhar os profissionais que estão temporariamente impedidos de voar para trabalhos em terra, mas esse direito não estava disponível para as grávidas, que são obrigadas a parar de trabalhar por períodos indeterminados.
Freyer e Rewitzer também dizem que as comissárias de bordo tiveram que desistir de amamentar depois que não foram autorizadas a bombear durante seus turnos. Isso forçou a muitas mulheres a deixarem de alimentar seus filhos por muitas horas ou até mesmo a desistirem dos empregos.
Em resposta ao processo, a companhia aérea disse que está comprometida em tratar os funcionários de maneira justa e reagiu contra as reivindicações das acusadoras. “A Frontier oferece uma série de acomodações para pilotos e comissárias de bordo grávidas e lactantes dentro dos limites da proteção da segurança pública, que é sempre nossa prioridade”, disse a companhia aérea em um comunicado à imprensa. “A Frontier nega as acusações e vai se defender vigorosamente contra esses processos”.
Também conta com informações da agência The Associated Press.
