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Trump pode fazer seu último voo como presidente em seu Boeing privado

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Com a confusão da invasão do Capitólio, no dia 6, e a informação da não-presença de Trump no Dia da Posse de Biden, no próximo de 20, o atual presidente americano pode optar por uma saída à francesa da Casa Branca.

O atual presidente americano já confirmou que não irá à posse do dia 20 e nem participará do cerimonial de passagem de cargo a Joe Biden, embora reconheça a derrota e tenha prometido uma transição de governo pacífica – sem deixar de lado as fortes acusações de fraude o processo eleitoral.

A despedida de Trump como 45º líder dos EUA, por sua vez, poderá seguir vários protocolos, segundo explica o editor do portal DefenseOne, Marcus Weisgerber.

O primeiro deles, que é mais tradicional, embora não garantido, dado que Trump geralmente quebra protocolos, é que ele viaje para sua casa ou qualquer outro destino no Boeing 747 VC-25A ou no 757 C-32A.

Trump embarca no Marine One (Blackhawk) – The White House

É conhecido o fato de que, quando o presidente americano está a bordo de um avião militar, o indicativo de chamada de voo no rádio (callsign) se torna Air Force One, o famoso Força Aérea Um. No caso de helicópteros, ele se torna o Marine One, ou Marinha Um, já que são os fuzileiros navais que conduzem o presidente nessa aeronave e não a Força Aérea.

Porém, se Trump embarcar ainda como presidente e, durante o voo, Biden fizer o juramento e for consagrado como 46º Presidente dos EUA, o callsign irá mudar para SAM45, que é Special Airlift Mission (Missão Especial de Transporte Aéreo) e 45, que representa a posição de Trump como presidente. O callsign SAM45 também será utilizado caso ele opte por decolar em um jato militar somente após Biden pegar o “bastão” e assumir o posto de presidente.

E se ele optar pelo Trump One?

Donald J. Trump é um fanático por aviões e não é de hoje. Ele já teve sua própria empresa aérea, sabe explicar a diferença de um 747-200 pro 747-8, além de ter tido um Boeing 727 (já repassado a outro operador) e, atualmente, um 757-200, igual o C-32A, para uso pessoal.

C-32A – Anna Zvereva

Esse último, que tem matrícula N757AF, está sendo preparado para voltar a levar Trump em suas viagens de negócios, após a troca de um motor e reforma de seu interior.

Caso Trump ainda voe como presidente no seu avião privado, o que é legalmente possível, apesar de não recomendado por seus assessores, sobretudo porque o N757AF não conta com sistema de proteção antí-misseis, o callsign será Executive One, como referência ao chefe mais alto do Poder Executivo.

Logo após Biden assumir a posição, esse código volta ao que já era usado por Trump antes da presidência, que é Tyson 1. Mesmo não sendo um avião de táxi aéreo ou companhia aérea, a FAA permite que aviões privados ou de escolas de aviação tenham seus callsigns próprios.

Como foi no passado?

Voltando no tempo, a maioria dos presidentes pegaram uma “caroninha” no último dia no cargo mais poderoso do mundo. Obama embarcou no Marine One (Helicóptero Sea King) até a Base Aérea de Andrews e, de lá, até a Califórnia no 747 presidencial. Foi a mesma rota utilizada pelo seu antecessor, Bush filho.

Obama embarca no VC-25A © John Murphy

Jimmy Carter e Bill Clinton fizeram algo mais, digamos, “pé no chão”, seguindo com uma escolta terrestre pelas ruas de Washington até Andrews, de onde voaram para casa.

Curiosamente, um presidente voou para casa antes da posse do sucessor. Foi Harry Truman durante a posse de Eisenhower. E Trump pode repetir o feito, mas o que está mais incerto é o seu destino, já que ele chegou a falar que iria sair do país caso Biden fosse eleito, mas não apontou destino.

Em se tratando de Trump, muitas coisas podem mudar nos próximos dias.

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