Início Empresas Aéreas

“Um Dois Três” é o nome da nova companhia aérea lançada na China

A China Eastern Airlines lançou nesta quarta-feira (26) uma nova subsidiária, chamada OTT Airlines, sigla proveniente de One Two Three (Um Dois Três).

Lançamento OTT Airlines China
Cerimônia de lançamento da OTT Airlines

O objetivo da nova companhia é operar aeronaves fabricadas no país para mercados mais amplos, informou a empresa em sua conta oficial na plataforma de mídia social chinesa Weibo.

A China Eastern disse que o nome da nova operadora deriva do pensamento filosófico da cultura tradicional chinesa sobre as leis da natureza: Dao gera Um (nada; ou razão de ser), Um gera Dois (yin e yang), Dois gera Três (yin, yang e qi), Três gera todas as coisas.

A companhia aérea de Xangai disse que a OTT Airlines será a primeira a operar os aviões de corpo estreito C919 da fabricante chinesa COMAC (Commercial Aircraft Corp), que estão passando por testes de voo.

COMAC C919 em seu primeiro voo

Inicialmente, a China Eastern, que possui 61% de participação societária do governo, deveria ser a primeira operadora do C919, mas a OTT ficará com 20 unidades do modelo, que leva de 158 a 168 passageiros e compete com as famílias A320 da Airbus e 737 da Boeing.

A OTT também operará o jato regional da COMAC, o ARJ21. Em agosto passado, a China Eastern encomendou 35 aviões do modelo, no mesmo dia em que também o fizeram as estatais Air China e China Southern Airlines.

Com entre 78 e 90 assentos, o jato regional ARJ21 iniciou voos comerciais após ser entregue às companhias aéreas em novembro de 2015.

Perspectiva gráfica do jato ARJ21 nas cores da OTT

O problemático C919

O avião de corredor único C919 da China já recebeu 815 pedidos provisórios, mas muito pouco de companhias aéreas ou empresas de leasing fora do país asiático.

Enquanto isso, a COMAC está buscando a certificação do regulador europeu da aviação, a EASA, para que o novo jato possa operar em muitos outros países e quem sabe alavancar encomendas.

O desenvolvimento do C919, com pelo menos cinco anos de atraso, está indo mais lento que o esperado, disseram pessoas familiarizadas com o programa no mês passado.

A COMAC enfrenta uma série de problemas técnicos que restringiram severamente os voos de teste, como, por exemplo, o envio de dados errados para o projeto dos motores. Veja a seguir:

Sair da versão mobile