Vazamento de oxigênio no Jumbo que vinha ao Rio causou o retorno à Alemanha

Na semana passada, noticiamos que os passageiros da Lufthansa que voariam de Frankfurt para o Rio de Janeiro acabaram pegando um voo de 8 horas para lugar nenhum. O Boeing 747 optou por retornar à Alemanha após um problema quando estava quase no meio do percurso.

Avião Boeing 747-400 Lufthansa
Boeing 747-400 da Lufthansa

No dia 27 de dezembro, o voo número LH500, operado pelo Boeing 747-400 registrado como D-ABTL, tinha 373 passageiros a bordo e, após sua partida, subiu normalmente até atingir 35.000 pés.

No entanto, enquanto passava sobre a região das Ilhas Canárias com cerca de 4 horas de viagem, o problema com a aeronave ocorreu.

Vazamento do sistema de oxigênio

Os pilotos notaram que o sistema de oxigênio de emergência do Boeing 747 estava vazando. Se a pressão da cabine for perdida em grandes altitudes, esse sistema fornecerá oxigênio enquanto a aeronave desce para uma altitude segura, onde os humanos possam respirar sem ajuda.

A Lufthansa confirmou ao site inglês Simple Flying que o sistema não apresentava indicação de problema na partida de Frankfurt. Como resultado da identificação da falha em voo, a altitude da aeronave foi reduzida para 14.000 pés.

A companhia aérea mencionou que, a essa altitude, o sistema de oxigênio de emergência não seria necessário em caso de despressurização. Descendo até 14.000 pés, a aeronave começou a voar de volta para sua origem. Segundo dados do FlightRadar24, o Jumbo pousou na capital da aviação alemã às 07:23, horário local.

FlightRadar24 Voo LH500 Rio de Janeiro Problema

Em resposta a um pedido de comentário do Simple Flying, um porta-voz da Lufthansa disse:

“Durante o voo para o Rio de Janeiro, a tripulação do cockpit notou um vazamento no sistema de oxigênio de emergência para os passageiros. Esse vazamento só apareceu durante o voo, pois já havia sido verificado e aprovado antes da decolagem. Este sistema é usado apenas em casos raros quando o sistema de pressurização da cabine apresenta uma falha.”

Veja a seguir mais alguns casos recentes de voos que decolaram e, muitas horas depois, pousaram de volta em sua origem por imprevistos em rota:

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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