Vêm à tona fotos do desgaste na pintura do A350, o qual preocupa a Qatar Airways

Há vários meses, a mídia mundial noticia uma disputa entre a Qatar Airways e a Airbus sobre problemas na pintura do moderno jato A350. No entanto, embora apenas a companhia do Oriente Médio tenha se mostrado mais vocal no tema, ao que parece ela não é a única a ter preocupações com o revestimento do sofisticado modelo.

Uma matéria da Reuters, publicada hoje, com base em documentos acessados pelos seus jornalistas, mostra que não apenas outras empresas também estão receosas, como também traz fotos impressionantes do desgaste causado pela tinta. Segundo a Reuters, essas empresas que também reclamam são a Finnair, Cathay Pacific, Etihad, Lufthansa e Air France.

Das supra listadas, apenas a Qatar Airways tem falado publicamente sobre o assunto. Recentemente, a transportadora nacional do Catar suspendeu 20 de seus 53 A350, dizendo que está agindo sob ordens de seu regulador local, até que as causas do problema sejam corrigidas. A Airbus, por sua vez, diz que não há risco para a segurança dos voos e que o problema é cosmético.

Mais fotos podem ser vistas na matéria da Reuters.

Indagada pela Reuters, a fabricante acabou abrindo o jogo e disse que houve alguns problemas com o “desgaste inicial da superfície” que, em alguns casos, tornou visível uma subcamada de malha que serve para absorver raios, e que está trabalhando para consertar o defeito.

Pessoas ouvidas pela reportagem alegaram que o problema vai além disso, chegando a deixar aparente a parte de fibra de carbono em alguns jatos da Qatar. Ou seja, denotando uma corrosão muito mais violenta. Para as fontes da Reuters, o desgaste maior na empresa árabe, refere-se às mudanças mais drásticas de temperatura e ao calor extremo da região.

Segundo especialistas, o desgaste pode ter relação com o fato da pintura se expandir e contrair com as mudanças de temperatura, bem como a uma má aderência da tinta ao material da aeronave. No entanto, tudo são especulações por enquanto.

Os jornalistas da Reuters dizem que os reguladores devem tentar resolver o impasse sobre se esse tipo de dano e determinar se está dentro das margens permitidas de segurança.

Dependendo da decisão, isso pode determinar se as cláusulas de compensação serão acionadas, ou seja, pode haver muito dinheiro envolvido. Até lá, o Catar promete fazer o barulho que for necessário.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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