Versão de alta densidade do 737 MAX é aprovada pela autoridade de aviação dos EUA

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Em notícia de grande relevância para o mercado de aviação comercial, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA – Federal Aviation Administration) concedeu a certificação para o Boeing 737 MAX-8 de alta densidade, conforme reporta nosso parceiro Aviacionline.

Designada como 737-8200, a versão não apresenta nenhuma mudança de dimensões externas em relação ao 737 MAX-8, porém, tem modificações de cabine que a tornam uma aeronave capaz de voar com 200 lugares com segurança.

Desde o regresso do MAX aos céus, após a aprovação da FAA e de sua homóloga europeia EASA, a certificação desta variante em particular era aguardada, o que agora desvia as atenções para a agência da União Europeia, onde sua decisão é aguardada com grande expectativa pela Ryanair: a operadora europeia que requisitou o 737-8200 à Boeing e que acrescentou mais 75 aeronaves deste tipo à sua lista de encomendas em dezembro de 2020, num movimento agressivo para se aproveitar da contração do mercado europeu que seus concorrentes atualmente sofrem.

Essa maior demanda por aeronaves favorece a fabricante americana na busca por liquidez para este ano e no longo prazo, permitindo-lhe aproveitar a capacidade ociosa de sua planta atualmente. O acordo original entre a Ryanair e a Boeing consistia em 200 aeronaves da série -8200 a serem entregues até 2029, de acordo com declarações de Michael O’Leary.

De acordo com o comunicado emitido pela FAA, é certo que a série -8200 recebeu todas as melhorias de design exigidas durante os 20 meses em que os MAX estiveram no solo, incluindo aqueles no polêmico sistema MCAS.

Esta aeronave, com as mesmas dimensões da variante MAX-8, tem algumas portas de saída a mais para garantir a evacuação segura desse maior número de passageiros em casa de acidentes e incidentes, e é capaz de acomodar os 200 passageiros graças ao espaço reduzido para 28 polegadas (71 cm) entre seus assentos.

Segundo a Boeing, com esta capacidade mais densa, esta variante é 5% mais econômica por assento e com um custo operacional apenas 1% maior em comparação com MAX-8.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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