Voamos no Sukhoi Superjet 100, o jato russo do século 21!

Neste Flight Report, você acompanha o voo operado pela Brussels entre Bruxelas e Genebra, realizado pelo Sukhoi Superjet 100, na classe econômica. Somos a primeira mídia brasileira a voar na aeronave em um voo comercial pela Brussels Airlines.




No dia anterior ao voo, realizei meu Check-in Online pelo próprio aplicativo da companhia, de forma ágil e sem dificuldades. Ao chegar no aeroporto algumas horas antes do embarque, fui em direção ao balcão para despacho de bagagens, porém não existiam funcionários me esperando, e sim um Tablet com um leitor óptico, onde eu mesmo fiz a impressão da etiqueta de bagagem, pesagem de mala e scanner de documentos. Um verdadeiro “Self Check In and Baggage Check”.

Após ter minha bagagem despachada, segui direto para a inspeção de segurança em direção à sala de embarque, que além de ser repleta de lojas e restaurantes, possui uma ótima vista para a pista de pousos e decolagens.

O embarque aconteceu pontualmente pelo portão A52. Curiosamente, ao contrário do que muitos estão acostumados, não foi solicitado algum documento com foto (passaporte). Apenas o cartão de embarque já me garantia livre acesso ao Sukhoi Superjet 100 de matrícula EI-FWF, que estava sendo preparado para iniciar o voo SN2719, tendo Genebra como destino naquela tarde.

Ao embarcar na aeronave, fui recebido pela simpática tripulação da CityJet, companhia a qual opera alguns voos da Brussels Airlines. Segui direto para a poltrona 12A, localizada aproximadamente no meio da aeronave. De imediato, já pude fazer duas observações interessantes. A primeira seria a disposição dos assentos em 2-3. Já a segunda, a ausência das saídas de emergência sobre as asas. Esta última deve-se ao fato de que 4 portas são suficientes para evacuar a quantidade de passageiros que o SSJ100 pode transportar, em caso de qualquer emergência.





Com um atraso de 15 minutos devido ao tráfego aéreo, alinhamos na pista 25R às 15:20 para dar início ao voo de uma hora entre a capital belga e Genebra. Manetes à frente e o silêncio dos dois motores PowerJet SaM 146 manteve a cabine de passageiros tranquila, sem muito ruído durante toda a viagem.

Já em nível de cruzeiro, foi iniciado o serviço de vendas a bordo, com Snacks, bebidas quentes e frias, e alguns itens para entusiastas da aviação com a marca da Brussels. Para conhecer um pouco do serviço de vendas em voo, comprei:

– Um par de sanduíches, sendo um pão com queijo e outro com presunto (€2.50);
– Uma lata de refrigerante (€3);
– E um chaveiro da companhia para guardar de recordação (€5.50).

O Sanduíche estava bem macio e saboroso, apesar de ser bem simples. Um ponto importante a ser observado é que, para o serviço de vendas a bordo, a companhia oferece apenas o Cartão de Crédito como forma de pagamento.

Avaliando o acabamento da aeronave no ponto de vista do passageiro não há criticas a se fazer, com janelas bem amplas, lavatórios largos, um excelente espaço entre as poltronas e um ruído mínimo dos motores em todas as etapas do voo. Voar no SSJ 100 é sem duvidas uma ótima opção para voos de pequenas e médias distâncias.





Após o pouso em Genebra, solicitei à tripulação uma rápida visita ao cockpit para conhecer um pouco mais da aeronave e fui atendido sem quaisquer restrições. O Sukhoi SSJ 100 ostenta o sistema Fly-By-Wire equipado com Sidestick, no lugar dos tradicionais manches se assemelhando muito ao Airbus, e a disposição das telas lembra a série E1 da Embraer. De resto é uma cabine bem confortável e ampla.

  • Sobre o Sukhoi Superjet 100

O Superjet 100 é um projeto da russa Sukhoi e da italiana Alenia Aermacchi. Começou seu desenvolvimento em 2000, sendo o primeiro jato comercial da Rússia feito totalmente neste século e é voltado para o mercado internacional, onde já angariou diversos clientes.

O jato tem aviônica da francesa Thales, tecnologia Fly-By-Wire, pousa em qualquer condição climática (ILS CAT III certificado). O motor é o SaM146, parceria da russa Saturna com a francesa Safran, baseado no CFM56 e possui até 20% menos consumo que os motores atuais.

A sua configuração de assentos 3-2 permite que leve mais passageiros que os jatos regionais da Embraer e Bombardier, e ainda assim ser mais confortável que o Airbus A320 com um espaço até 36% maior entre as cadeiras. Atualmente é operado em larga escala pela russa Aeroflot, a mexicana Interjet e a irlandesa CityJet, que opera alguns voos regionais da Brussels Airlines, inclusive o que nós voamos.

 

Veja outras histórias