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Voo desvia em Alerta de Segurança de Nível 3 após falha com carregador de celular

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Uma ocorrência banal a bordo de um Boeing 787, envolvendo uma passageira desordeira, causou um desvio de rota com um sério “Alerta de Nível 3”, atrasando a viagem de diversos passageiros.

Avião Boeing 787-8 Dreamliner American Airlines
Imagem: Anna Zvereva / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

O caso aconteceu na última quarta-feira, dia 19 de maio, no voo AA60 da American Airlines, que saiu de  Tóquio, no Japão, para Dallas, no Texas, para realizar um voo regular de aproximadamente 11 horas.

O Boeing 787-9 Dreamliner, registrado sob matrícula a N828AA, decolou rumo ao seu destino transportando apenas 60 passageiros. Dentre esses passageiros, uma mulher de cidadania japonesa, identificada como Waka Suzuki, estava a caminho de sua escala em Dallas, antes de partir para Cancún, no México, para desfrutar de suas férias de 10 dias com sua mãe.

Conforme relata o Paddle Your Own Kanoo, documentos obtidos relatam que a mulher em questão estava tranquila desde seu embarque na aeronave e permaneceu assistindo filmes em seu celular durante 3 a 4 horas.

Com a aeronave já sobrevoando o Oceano Pacífico, Suzuki solicitou a ajuda dos comissários de bordo, pois, segundo ela, o carregador de celular do seu assento não estava funcionando direito.

Com o problema aparente, um dos comissários tentou prestar assistência à passageira, porém sem sucesso. Com o fato de não ter conseguido arrumar o problema, Suzuki acabou ficando irritada com o comissário, começando a gritar e ser cada vez mais hostil com os demais tripulantes.

A mulher, já causando confusão, exigia que os comissários resolvessem o problema e, quando os comissários se negaram, ela, que voava na classe econômica, começou a correr pelo corredor da aeronave em direção à cabine de comando.

Um dos comissários de bordo tentou impedi-la de chegar até a cabine de comando, mas, de acordo com relatos, ela teria pisado no pé do tripulante e conseguido chegar até a porta do cockpit. Suzuki começou a bater fortemente na porta, pedindo para que seu problema fosse resolvido.

O comandante do voo, diante da situação e, provavelmente assustado com os socos na porta, decidiu declarar Alerta de Segurança de Nível 3 e desviar o voo para Seattle, em Washington, enquanto comissários prendiam a mulher descontrolada com algemas de plástico. Após o pouso a mulher, durante 25 minutos, se recusou a deixar a aeronave.

Segundo a circular consultiva de ameaças a bordo da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), o Alerta de Segurança de Nível 3 é usado para casos de exibição/uso de armas, ameaças terroristas credíveis, ameaças de bomba credíveis ou uso real de bombas, sabotagem de sistemas de aeronaves, ameaças credíveis de sequestro e técnicas mortais corpo a corpo como asfixia ou danos aos olhos com os dedos.

Dados abaixo obtidos através da plataforma RadarBox mostram o trajeto da aeronave até seu desvio para o Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma.

Imagem: RadarBox

Já em solo americano, Suzuki fez seu depoimento aos agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras e justificou sua conduta desordeira a bordo do voo, pois, segundo ela, os comissários teriam sido rudes e indiferentes com sua solicitação. Ela ainda afirma ter batido na porta da cabine de comando apenas porque queria que alguém resolvesse seu problema.

Ainda em depoimento, Suzuki alega que agrediu fisicamente um dos comissários com um soco e uma cotovelada, pois ele teria cuspido e empurrado ela ao chão.

O FBI está investigando o caso e ela está sendo acusada internacionalmente por intervir nos procedimentos da tripulação de bordo. Aparentemente, ela não fez uso de bebidas alcoólicas e não estava sob efeito de medicamentos controlados.

Segundo os dados do RadarBox, a aeronave retornou ao voo cerca de 40 minutos após o pouso, completando o restante do trajeto até Dallas, que durou aproximadamente 3 horas e 20 minutos.

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